domingo, 3 de fevereiro de 2013

Ficar sem ficar.

Dia 31 de Outubro de 2012 tomei uma decisão que afetaria absurdamente a minha vida, e tenho certeza que até hoje não percebo a dimensão do quanto.

Decidi ficar 1 ano sem me envolver. O “problema”, diriam alguns, é que esse sem me envolver englobam muitas esferas... Não é um simples “Decidi ficar solteira”.

Decidi não me relacionar com ninguém, nem emocionalmente, nem fisicamente. Nesse período de um ano vou voltar para mim. Vou voltar para uma essência que penso ter sido um pouco esquecida conforme a vida foi se desenrolando.

É bem complicado decidir e expor uma algo assim. Sim, expor. Ou seria realmente possível e imperceptível que algo drasticamente mudou naquele 31 de Outubro?

Talvez quem não conheça o IFCS/IH diga que sim. Talvez quem não conheça qualquer centro-acadêmico diga que sim. Talvez.

Não gostaria de me sentir na faculdade como me sentia na maioria dos meus empregos: tendo algo a esconder. Na maioria dos meus empregos eu não falava que tinha namorada, que era lésbica, homossexual, ou qual termo for melhor. Aceitar não ser si mesmo... Infelizmente normal nessa nossa sociedade mascarada de politicamente correta, mas bem homofóbica.

Não podia permitir de mão beijada me sentir assim em um lugar que vou passar uns 6 anos da minha vida.

E escrever um blog sobre esse voto então não é me expor demais? Pode até ser, mas é a forma como achei de me expressar mais livremente e com menos pudor. Penso que o virtual ajuda nisso. Até por que esse blog é mais pra mim e pelo fato de escrever o que sinto, que para os leitores. E me forçando postar aqui de tempos em tempos sinto que me reafirmo com relação a esse voto, e por enquanto isso é bem importante. 

(Carnaval.)

Auto-conhecimento, aqui estou.
Disposta.